A maior ETAR coberta do país, beneficia 756 mil habitantes, permitindo o tratamento e a desinfecção de todas as águas residuais provenientes de parte do município de Lisboa, incluindo a zona ribeirinha do Terreiro do Trigo, em Santa Apolónia, até Belém, e parte dos municípios de Amadora e Oeiras, contribuindo para dar um importante passo para as populações da Grande Lisboa poderem desfrutar de um novo Tejo, mais limpo e progressivamente requalificado.
Situada no vale de Alcântara, zona urbana, a estação foi projectada pelos arquitectos Manuel Aires Mateus e Frederico Valsassina, com execução do consórcio Somague/Edifer/Hidrocontrato, e permitiu a requalificação e integração paisagística da estação, através de uma cobertura que reduz o impacto no vale de Alcântara e dá continuidade à ideia de espaço natural.
A ETAR de Alcântara dispõe de um tratamento de nível terciário, constituído por decantação primária lamelar assistida, biofiltração e desinfecção por radiação ultravioleta. O espaço é integramente fechado, ventilado e devidamente desodorizado, permite também o aproveitamento das águas tratadas para a lavagem de ruas e regas municipais.
Esta obra permitiu, em 2011, libertar o estuário do Tejo de grande parte da carga poluente que ainda era diariamente despejada no rio, com um projecto muito bem integrado paisagisticamente e com a melhor tecnologia disponível de tratamento, alguém se lembra ainda da ETAR anteriormente no local?
Fontes:
http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=650417
http://www.ordemengenheiros.pt/
Fotos: http://www.leonardofinotti.com/projects/etar-slash-alcantara
Susana Ângelo