Folhas de bananeira podem ser embalagens ecológicas take away?
Um projecto do designer Tal Marco, para ver em detalhe em http://www.thedieline.com/blog/2010/3/8/ecological-take-away-packaging.html
Susana Ângelo
Folhas de bananeira podem ser embalagens ecológicas take away?
Um projecto do designer Tal Marco, para ver em detalhe em http://www.thedieline.com/blog/2010/3/8/ecological-take-away-packaging.html
Susana Ângelo
As grandes retalhistas mundiais estão a trilhar um percurso em que pretendem reduzir a quantidade de embalagem que disponibilizam nas
prateleiras em que o exemplo vulgarmente mais falado derivado do seu impacto global, é a cadeia de lojas wal-mart. Um impacto que se mede através do packaging scorecard e que na prática pretende reduzir em 5% face aos níveis de 2006 gerando poupanças na ordem dos 12 mil milhões de dólares (1). O scorecard será dado aos fornecedores e a informação partilhada com os consumidores de forma a que este seja um factor que os consumidores incluam nas suas decisões de compra e, nesta avaliação são tidos em conta aspectos como emissão de gases com efeito de estufa, escolha de materiais da embalagem e composição química (2).
Um outro exemplo interessante é a cadeia Tesco no Reino Unido que, no seu esforço de reduzir o desperdício de alimento irá testar um novo tipo de packaging em tomates e abacates que absorve uma hormona que provoca o seu amadurecimento (3), prolongando desta forma a sua vida na prateleira e que já foi testado pela Marks & Spencer em morangos em Janeiro (4).
E, em breve a Páscoa estará a bater à porta com o seu doce apelo estará Portugal pronto para encarar o futuro?
Por Daniel Souza
Fontes
(1) The business of sustainability: Putting it into practice, McKinsey 2011
(2) http://walmartstores.com/sites/sustainabilityreport/2009/en_w_packagingReduction.html
(3) http://www.guardian.co.uk/environment/2012/feb/07/tesco-new-packaging-food-waste
(4) http://www.guardian.co.uk/environment/2012/jan/06/marks-and-spencer-packaging-fruit
De acordo com o brilhante designer Martin Bunce, especialista em design sustentável e diretor da Tin Horse, empresa de design britânica que tem como clientes Coca-Cola, Unilever, P&G e Eletrolux, o conceito de redução do desperdício de embalagens esta tomando cada vez mais corpo entre as empresas de bens de consumo e de bens duráveis e do ponto de vista ambiental não faz muita diferença se a embalagem é de vidro, plástico ou alumínio desde que sua vida útil seja ampliada.
Ao envolvermo-nos no universo da sustentabilidade é realmente surpreendente verificarmos que uma pequena abordagem do tema ¨design e embalagem¨, oferecem verdadeiras descobertas, ao nos proporcionar o enfoque do tema.
A rota percorrida pelos profissionais envolvidos na criação e produção de uma embalagem que desperte a atenção e atenda ao gosto do consumidor ao mesmo tempo que não agrida e produza resultados positivos para o meio ambiente ao serem descartadas é árdua e complexa.
Além disso, para ser encarada corporativamente como um estimulo, a embalagem “politicamente correta” tem de atender ao item diminuição de custos.
Os principais vilões na produção das embalagens, tais como, consumo de recursos naturais, emissões de gases, componentes tóxicos, vida útil e logística devem ser compensados por um trabalho de grande profundidade e criatividade exercido pelo setor de marketing e pelos designers que precisam mergulhar a fundo no ciclo de vida destas, para assim terem uma visão clara da nova filosofia que ancora o tema.
Como podemos ver no vídeo abaixo, uma saída que até mesmo nos evoca ao passado das taras retornáveis, seria a reutilização.
Caroline Dreher
Fonte: www.innovationlab.eastman.com
www.estadao.com.br