Estão vejam estes links…
http://pt.wikipedia.org/wiki/Permacultura
http://portaldapermacultura.jimdo.com/
Na minha última sessão de formação do Permaculture Design Course promovido pela Permaculture Association - http://www.permaculture.org.uk - a formadora disse-nos que agora ou fazíamos alguma coisa com o que tínhamos aprendido ou voltávamos para debaixo da pedra e tentávamos viver felizes.
Também nos sensibilizou que poderíamos começar de ser chamados de “fluffy hippies” (hippies fofinhos) quando falássemos de permacultura pois iam achar que o que dizíamos não fazia grande sentido. Queria antes dizer que a permacultura é tb um estilo de vida e para a entender é necessário pelo menos experimentá-la durante algum tempo. O que fiz durante uma semana.
Ok, assumi o risco! Antes fluffy e hippie do que continuar passiva e apática relativamente às questões de desenvolvimento sustentável.
Regressada a casa comecei a aplicar técnicas agrícolas de permacultura no meu pedacinho de terra (uns enormes eh...eh...eh... 20 metros quadrados) cujo o solo é extremamente argiloso e duro - foi por cauda dele que descobri a permacultura - Neste momento o solo já está mais rico e fofo, produz mais quantidade e mais variedade. Nele estou a criar um micro Florest Garden http://en.wikipedia.org/wiki/Forest_gardening
ou “jardim comestível” utilizando técnicas de permacultura que engloba a agricultura biológica. O meu terraço transformou-se assim no meu laboratório de praticas permaculturais e sustentáveis.
Mas não foi só isso que mudou depois de ter feito o curso de permacultura, tornei-me mais consciente e em consequentemente menos consumista e mais seletiva.
Por fim, passados 15 dias de ter regressado, fiz a minha inscrição na pós-graduação que partilhamos e passei a dedicar-me à investigação e, sempre que possível, a fazer trabalho de campo em permacultura e sustentabilidade.
Passados estes meses, dou por mim a pensar que a permacultura é um excelente laboratório para a inovação em sustentabilidade: recupera ideias antigas e aplica-as em função do conhecimento e tecnologia presente, é 100% ecológico, culturalmente diverso, promove a partilha de conhecimento entre gerações e culturas. Nos países em vias de desenvolvimento pode gerar a auto-sustentabilidade de pequenas comunidades, uma excelente ferramenta para o comércio justo do ponto de vista do produtor.
Em Portugal a permacultura está medianamente representada por grupos ecologicamente mais radicais e das chamadas "comunidades de transição". Muitos dos seus membros aproximam-se mais de um estilo de vida freegan do que ecológico, o que tem simultaneamente divulgado o conceito mas o posiciona numa espécie de “gueto”. Mas lentamente e graças à vertente da agricultura, a permacultura está a começar a chegar a outros públicos da classe média.
O grupo com que me identifico e trabalho tenta trazer a permacultura para o mundo da economia real, trabalhando dentro do sistema, apresentando soluções que são de facto ecológicas e socialmente responsáveis, permitem reduzir a pegada ecológica, trabalham os ecossistema como um prestador de serviços e desenvolvemos soluções que podem ser aplicadas em pequenas comunidades ou úteis em termos de educação para a ecológia ou para a sustentabilidade.
Foi por acaso que descobri a permacultura mas aderi a pelo menos 70% do conceito…
Na Áustria existe um bio agricultor chamado Sepp Holzer, na sua quinta Krameterhof, herança de família, desenvolveu um lucrativo projeto de agricultura biológica. Sepp Holzer já representou a Áustria em alguns eventos internacionais; também já entrou em confronto com grupos de agricultores do seu país.
Mas está a fazer escola na europa e o legado de conhecimento está já nas mãos dos seus netos que se tornaram professores de permacultura.