O European Green Capital Award é uma iniciativa da Comissão Europeia para premiar as iniciativas por parte das cidades europeias que tem alto níveis de desempenho ambiental, tem metas ambiciosas de melhoria ambiental e desenvolvimento sustentável e que assim sirvam de exemplo a futuras premiadas.
2010 – Estocolmo
2011 – Hamburgo
2012 – Vitoria-Gasteiz
2013 – Nantes
2014 – ?
2015 – Lisboa? (soltem as iniciativas aqui)
Para saberem também de iniciativas em Portugal passem pela Urbaverde na Exponor entre os dias 12 a 14 de Abril (mais)
Vitoria-Gasteiz A premiada de 2012
Por Daniel Souza
* escrito de acordo com o Novo Acordo Ortográfico *
Fontes:
A fresh look at the best of Spain, Monocle 51(06) March 2012
http://ec.europa.eu/environment/europeangreencapital/index_en.htm
Os biocombustíveis também emitem carbono como se pode ver em cima e alguns como o feijão de soja, o óleo de canola e palma até são mais poluentes que o petróleo.
Existem, tal como nas redes dos telemóveis, as gerações dos biocombustíveis que, mais uma vez como os telemóveis já vão no 4G e que vão evoluindo no sentido de deixar de usar culturas que podiam servir para consumo humano até deixar de usar terra arável.
Em cima refere-se aos biocombustíveis 2G - que recorrem a terra aráveis com produções que não servem para consumo humano ou então culturas não alimentares e resíduos e portanto não recorrem à terra.
* escrito de acordo com o novo acordo ortográfico *
Por Daniel Souza
Fontes
Palm oil biodiesel 'worse than crude oil', Guardian weekly, 10.02.2012
Imagem
http://www.flickr.com/photos/82862943@N00/1437039764/sizes/l/in/photostream/
Apesar da companhia aérea nacional ter ganho um prémio de sustentabilidade bastante recentemente, o espaço aéreo europeu tem sido pautado pela guerra do carbono entre a Europa e o resto do mundo.
As pretensões da Europa relacionam-se com a cobrança de uma taxa sobre as emissões de carbono em todos os voos que aterrem ou descolem da Europa mas, as companhias aéreas chinesas não têm intenção de pagar as taxas embora Markus Ederer, embaixador europeu, afirme que as viagens Europa – China encareçam em apenas dois euros.
Já Victoria Moores, diretora-geral de comunicação da associação de companhias aéreas europeias, afirma que estas medidas podem comprometer a competitividade das companhias europeias.
Uma vez que este tema das emissões dos aviões voltou a estar em cima da mesa, talvez fosse uma boa altura para iniciar um pensamento sério sobre como repensar o tráfego aéreo e reduzir o seu impacto, de forma a refletir sobre o triple bottom line na indústria da aviação.
* escrito de acordo com o Novo Acordo Ortográfico *
Por: Daniel Souza
Fotografia:
http://www.flickr.com/photos/hilberer/4520910305/
Fontes:
‘Guerra do carbono’ prejudica sector europeu da aviação’ , Diário Económico 7 de Fevereiro 2012
Corria o ano de 1999 em que a Ford optou por obter a certificação Cradle-to-cradle em Michigan, Estados Unidos na sua unidade fabril de 5,5 hectares – durante o projeto foi concebido um telhado verde que assim absorvia e conduzia as águas da chuva, desenvolveu-se a fotoremediação que consistia em plantar espécies que decompunham componentes tóxicos decorrentes do processo fabril e, por fim, o bem-estar dos trabalhadores foi tido em conta uma vez que passou a haver luz natural dentro da fábrica.
Agora a Ford traz o conceito para a Europa onde, nas suas fábricas pretende reduzir a produção de resíduos em 70% e a água em 30% nos próximos cinco anos contribuindo assim para uma produção mais verde onde certamente será utilizado o know-how adquirido em Michigan, optimizando assim as fábricas na Bélgica, Espanha, Alemanha e mais três no Reino Unido traduzindo-se em poupanças anuais na ordem dos €2,3 milhões.
Fontes:
Diário Económico, Ford anuncia plano de cinco anos para tornar fábricas europeias mais ecológicas, p 27, 31 Janeiro 2012
http://www.ionline.pt/mundo/ford-anuncia-plano-cinco-anos-fabricas-verdes
http://www.mcdonough.com/writings/restoring_industrial.htm
Por Daniel Souza
O Green Screen Documentary é um dos prémios do Festival
Internacional de Documentários de Amesterdão que, entre
outros realça a consciência verde dos holandeses para o tema.
Em baixo segue o link da selecção de 2011, onde se pode ver
vários trailers dos quais destaco algumas frases como
“O progresso da tecnologia ameaça a existência
da humanidade”
“Nós temos de CONSUMIR menos”
“Somos recoletores da idade da pedra a utilizar
software do séc XXI, a correr sobre hardware que
não foi actualizado por 50 000 anos”
Trailers: http://www.idfa.nl/industry/Festival/program-2011/competitions/idfa-competition-for-green-screen-documentary.aspx
Por: Daniel Souza
O fluxo comercial mundial é bastante penoso para o ambiente pois do local de produção até ao consumo podem-se passar milhares
de quilómetros: por exemplo encontrar maçãs neo-zelandesas no supermercado português ou… encontrar pêra-rocha no mercado britânico ou… o monitor onde está a ler estas letras terá vindo de um país asiático? Com muita probabilidade sim.
Antigamente, a banana não teria pegada ecológica pois era comida no local de produção, hoje o cenário mudou – 480g de CO2e por kg (1), bem mais do que os 21g de um café(2). Para transportar as materias em torno do globo, os agentes comerciais usam um mix de transportes: o transporte aéreo para produtos perecíveis, o transporte marítimo para produtos mais duráveis, o ferroviário para transportar, por exemplo, automóveis e o rodoviário para transportar animais.
No entanto, testes efetuados por uma das maiores transportadoras mundiais – a MAERSK revela resultados encorajadores em que é utilizado combustível baseado em algas e que ao contrário dos agrocombustíveis não utiliza matéria que poderia ser utilizada como alimento.
Um dos grandes entraves à massificação deste paradigma, prende-se com um dos pilares onde assentam os produtos verdes – a falta de economia de escala e que é bastante necessária – pois o combustível marítimo é dos mais poluentes e, por outro lado o crescente aumento do petróleo poderá despoletar uma maior procura por este tipo de soluções.
Será por aqui o caminho para as frotas verdes?
Baseado no artigo
Cargo boat and US navy ship powered by algal oil in marine fuel trials, Guardian, 13 Janeiro 2012 disponivel aqui
Fontes
(1) http://www.guardian.co.uk/environment/green-living-blog/2010/jul/01/carbon-footprint-banana
(2) http://www.guardian.co.uk/environment/green-living-blog/2010/jun/17/carbon-footprint-of-tea-coffee
Créditos da imagem
Amêndoas from flickr
Por Daniel Souza
Os OAT shoes são um tipo de calçado biodegradável cujo conceito nasceu na Holanda e que, quando enterrados demoram seis meses a degradaram-se. No âmbito dos cinco passos do marketing sustentável propostos por OTTMAN, é possível analisar a transparência, a garantia ecológica, o preço e o envolvimento do cliente
Transparência
O fabricante promove a existência de sementes de flores no seu produto e refere também o impacto dos atributos ecológicos pois através de uma entidade externa, foi aferido que os ténis poupam 99% de água e 60% de CO2 comparando com sapatos tradicionais. Para além do mais explica porque é que os sapatos não tem a certificação cradle-to-cradle (referencial de análise do ciclo de vida do produto numa perspetiva de mimetizar os ciclos naturais) e pretende ainda ter fornecedores europeus para as suas matérias-primas.
Garantia ecológica
Apesar de os sapatos serem biodegradáveis, cumprem a sua função de calçado e podem ser expostos à chuva, andar na lama pois apenas quando enterrados é que se degradam.
Preço
Em termos objetivos o preço (€140-€200) está dentro do intervalo de ténis encontrados no nikeid (€115-€175)
Envolvimento do cliente
Há pontos em que o fabricante ainda reconhece que necessita de melhorar nomeadamente a nível dos materiais utilizados como a cola, ou a fixação de cores, para tal estão abertos às opiniões do consumidor.
Limitações da análise de preço:
Fontes:
http://www.oatshoes.com/wp-content/uploads/2011/04/20110405-OATInfo.pdf
http://en.wikipedia.org/wiki/Cradle-to-cradle_design
Por Daniel Souza
Geralmente, a sustentabilidade é vista como a preservação dos recursos naturais, utilizar os recursos de forma mais eficiente lesando menos o ambiente, e hoje em dia integram-se estas caraterísticas nos negócios pois há consumidores que estão alerta para essa questão – podendo assim ser aproveitada uma nova oportunidade de negócio.
No entanto, a sustentabilidade pode ir um pouco mais além: Navarro, no New York Times (1) indica que o Goucher College, em Baltimore alarga o conceito da sustentabilidade à preservação dos valores tradicionais, das artes, indumentária, costumes e cozinha das comunidades ameaçadas pela globalização e modernização surgindo então o conceito da sustentabilidade cultural.
A UNESCO afirma que no final do século 6000 idiomas poderão desaparecer (2) e assim desaparecem culturas, hábitos e formas de viver que compõem a diversidade da Humanidade – porque se há a biodiversidade de plantas, animais e ecossistemas, também há a diversidade dos povos que também tem vindo a desaparecer
Outro exemplo mais próximo de nós: a expansão das multinacionais que introduz o conceito de dress code, não obstante todas as culturas terem uma indumentária mais formal.
Assim há também um património cultural, uma sustentabilidade cultural, que é importante preservar para chegar às gerações futuras uma cultura humana pautada pela diversidade.
Daniel Souza
Mais
http://travel.nationalgeographic.com/travel/enduring-voices/
Foto
http://www.ait.ie/international/internationalnews/title-2961-en.html
Fontes
(1) http://www.nytimes.com/2010/01/03/education/edlife/03sustain.html
Pegando na deixa da Rita, continuemos pela cozinha e, ao hambúrguer, complemente-se com a bebida visto que, por Portugal bom vinho se faz.
Sendo assim, como se enquadra a sustentabilidade num copo? Por um lado é importante considerar os pesticidas e herbicidas derivados do petróleo e que são aplicados nas uvas e, tal como noutras culturas, priva a vida de florescer no solo bem como dificulta a retenção de nutrientes. A somar a isto, há ainda a erosão do solo, a inexistência de rotatividade nas culturas que torna o solo infértil, o transporte do vinho de um lado para outro do planeta e os barris que são feitos com madeira derivada do carvalho.
Somando tudo isto, a The Association of Wine Economists estima que, no global, a pegada carbónica vinícola se situe nos 5.3 milhões de toneladas de CO2 (como comparação, metade da frota de aviões regionais dos EUA, emitiram cerca de 8 milhões de toneladas carbónicas em 2010 (1))
"A pegada ecológica da Greenbottle é 10% das garrafas tradicionais"
No entanto, há formas de reduzir o impacto carbónico desta bebida, por exemplo no Reino Unido foi anunciada a garrafa de papel (Greenbottle) cuja pegada carbónica é 10% das garrafas tradicionais (2), sendo assim, é biodegradável e mais leve – num mundo onde se consomem 20 mil milhões de garrafas anualmente (3), o peso da garrafa, acaba por ter um impacto considerável no transporte das mesmas. Por fim, mesmo a pequena rolha pode ter um grande impacto: as rolhas de plástico e de alumínio, tem uma pegada carbónica 10 e 26 vezes, respetivamente, superior às rolhas de cortiça (4)
Quem diria que o vinho poderá ser ainda mais verde do que o verde que se vê na garrafa?
Daniel Souza
Baseado no artigo
Wine: how green is your glass?, The Ecologist, 21 December 2011, disponível em http://www.theecologist.org/green_green_living/food_and_drink/1171258/wine_how_green_is_your_glass.html
Referências
(1) http://www.greenaironline.com/news.php?viewStory=841
(3) (4) http://en.wikipedia.org/wiki/Cork_(material)
Créditos da imagem
Tom Ba from Flickr