Não sendo uma especialista na área de marketing, mas sendo consumidora, o debate sobre a percepção que o consumidor tem dos produtos/ marcas sustentáveis, faz com que me surjam dúvidas para as quais procuro resposta:
- Conhecemos verdadeiramente o consumidor de produtos sustentáveis?
- Que valores o inspiram?
- Qual o caminho a seguir para ir de encontro sua à expectativa?
- Deverão as marcas apostar num maior envolvimento do consumidor na definição dos produtos/ serviços que satisfaçam as suas necessidades? É isto uma atitude proactiva ou reactiva?
Nas minhas pesquisas encontrei um artigo do senhor Robert H. Bloom, (pelo que fiquei a saber, uma verdadeira autoridade no que respeita a negócios). Tem desenvolvido a sua actividade como consultor estratégico de diversas empresas de variados tamanhos e áreas de negócio, tais como BMW, L’Oreal, Nestle’, TGI Friday’s, Zales, Whirlpool, Southwest Airlines, Nestle’ Juicy-Juice, T-Mobile US, Novartis’ Theraflu and Triaminic. Foi ainda Chairman e CEO da Publicis WOrldwide.
Num artigo recente, em que põe em causa a volatilidade dos mercados e a velocidade com que tudo muda, identifica 5 tendências que, na sua opinião devem ser tidas em conta na gestão de marcas sustentáveis em 2012:
- A ubiquidade do 2C2 (consumer to consumer)
Em 2012 assistir-se-á a uma mudança de paradigma no que respeita à criatividade e poder de decisão sobre a utilidade e função que os produtos e serviços poderão ter na satisfação das duas necessidades. O consumidor será parte da equipa que constrói e interage directamente nessa decisão em vez de ser um mero espectador.
- O crescimento da geração “Why”?
O crescimento do mercado do 2C2, abre horizontes para uma nova geração de consumidores, mais exigentes, com maior nível de conhecimentos, pondo em causa os valores das próprias marcas, desafiando-as a serem criativas, inspiradoras do ponto de vista da compra sustentável. Como será de esperar, este crescimento dar-se-á em especial nos países emergentes.
- A corrida para a criação de relação com o consumidor
A criação de uma relação de proximidade, duradoura, será uma das apostas das marcas,
em detrimento de uma política insustentável do “preço mais baixo”.
- O imperativo da inovação sustentável das marcas
A inovação passará por envolver todos os stakeholders em todo o processo de desenvolvimento dos produtos, integrando práticas sustentáveis de redução de uso de recursos e de benefícios sociais. Bloom acredita que desta forma, as marcas agirão como agentes de mudança de uma forma mais rápida e com uma extensão maior do que alguma vez se conseguiu atingir.
- A evolução de “Ocupar” para “Comprometer”
Em 2011 assistiu-se a diversos movimentos de ocupação, contra a forma de gerir os negócios. Espera-se que em 2012, a tendência das marcas seja para definir políticas de responsabilidade corporativa que abranjam e comprometam todos os stakeholders, com o propósito de integrar não só questões financeiras, mas também questões sociais nas suas operações. As grandes marcas já começam a posicionar-se a este nível com campanhas de sensibilização para a preservação de recursos que são essenciais para a sobrevivência e qualidade de vida das pessoas.
Poderão consultar o artigo na íntegra em :
Por Adriana Jacinto