As grandes retalhistas mundiais estão a trilhar um percurso em que pretendem reduzir a quantidade de embalagem que disponibilizam nas
prateleiras em que o exemplo vulgarmente mais falado derivado do seu impacto global, é a cadeia de lojas wal-mart. Um impacto que se mede através do packaging scorecard e que na prática pretende reduzir em 5% face aos níveis de 2006 gerando poupanças na ordem dos 12 mil milhões de dólares (1). O scorecard será dado aos fornecedores e a informação partilhada com os consumidores de forma a que este seja um factor que os consumidores incluam nas suas decisões de compra e, nesta avaliação são tidos em conta aspectos como emissão de gases com efeito de estufa, escolha de materiais da embalagem e composição química (2).
Um outro exemplo interessante é a cadeia Tesco no Reino Unido que, no seu esforço de reduzir o desperdício de alimento irá testar um novo tipo de packaging em tomates e abacates que absorve uma hormona que provoca o seu amadurecimento (3), prolongando desta forma a sua vida na prateleira e que já foi testado pela Marks & Spencer em morangos em Janeiro (4).
E, em breve a Páscoa estará a bater à porta com o seu doce apelo estará Portugal pronto para encarar o futuro?
Por Daniel Souza
Fontes
(1) The business of sustainability: Putting it into practice, McKinsey 2011
(2) http://walmartstores.com/sites/sustainabilityreport/2009/en_w_packagingReduction.html
(3) http://www.guardian.co.uk/environment/2012/feb/07/tesco-new-packaging-food-waste
(4) http://www.guardian.co.uk/environment/2012/jan/06/marks-and-spencer-packaging-fruit
O Green Screen Documentary é um dos prémios do Festival
Internacional de Documentários de Amesterdão que, entre
outros realça a consciência verde dos holandeses para o tema.
Em baixo segue o link da selecção de 2011, onde se pode ver
vários trailers dos quais destaco algumas frases como
“O progresso da tecnologia ameaça a existência
da humanidade”
“Nós temos de CONSUMIR menos”
“Somos recoletores da idade da pedra a utilizar
software do séc XXI, a correr sobre hardware que
não foi actualizado por 50 000 anos”
Trailers: http://www.idfa.nl/industry/Festival/program-2011/competitions/idfa-competition-for-green-screen-documentary.aspx
Por: Daniel Souza
Encontra-se em construção, tendo já sido iniciada em 2009, a primeira cidade do mundo que pretende ser 100% sustentável. Uma cidade construída de raiz que está planeada para ocupar uma área de 6 quilómetros quadrado, num quadrado perfeito.
Estima-se que após a sua completa conclusão 2025, venha a ter 45.000 pessoas a habitá-la e contemple cerca de 1.500 empresas, numa grande maioria empresas ligada área da sustentabilidade. A utilização dos carros no interior da cidade é proibida, estando dotada de uma rede subterrânea de transportes públicos eléctricos, garantindo que em qualquer ponto da cidade não se fica a mais 200 / 250 metros de um ponto para apanhar transportes públicos. A mobilidade fica a cargo do «RTS» que é 100% movido a energia solar e é controlado por ímãs. Um computador pode rastrear e monitorar onde todos os pontos que estão no sistema, de modo a rota mais eficiente é tomada.
Toda a sua construção foi meticulosamente efectuada, pensando na redução ao máximo do consumo energético. Sendo uma cidade perto de Abu Dhabi , as temperaturas em pleno dia chegam a atingir os 65ºC, mas a sua estrutura foi pensada para impedir a entrada dos ventos quentes do deserto e em ruas estreitas que ajudam a canalizar as brisas frias em toda a cidade.
A energia para fornecer esta cidade será 90% obtida por painéis solares que atingirá 130 megawatts. Serão igualmente estabelecidos parques eólicos fora do perímetro da cidade capaz de produzir até 20 megawatts.
O transporte e dessalinização da água para abastecimento da cidade é efectuado através de energia solar, que se estima vir a ter um consumo 60% menos que em comunidades idênticas. A reutilização da água será feita na totalidade, para rede de campos de cultivo agrícola.
Resíduos biológicos serão transformados para criar nutrientes para solo e fertilizantes, Resíduos industriais, como plásticos e metais serão reciclados . As madeiras utilizadas na cidade são de coqueiros, obtidas em plantações em que os coqueiros já não dão frutos.
Masdar significa "fonte" em árabe. Masdar está a ser construída, para ser muito mais que uma cidade sustentável, mas para num futuro próximo ser a fonte da inovação, conhecimento e desenvolvimento do capital humano nas áreas de energia renováveis, sustentabilidade e tecnologias limpas.
By David Fonseca