23
Fev 12

 

 

Numa altura em que tanto se fala de marketing de causas, deixo-vos as conclusões de um estudo americano, realizado pela Cone Communications, em 2010.

 

Oitenta e três por cento dos consumidores desejam mais dos seus produtos, serviços que beneficiam causas, segundo o estudo 2010 Cone Cause Evolution.

 

Os consumidores esperam que os negócios continuem a cumprir sua responsabilidade social mesmo durante uma recessão (81%), sendo que 64% dos consumidores assumem que a resposta das empresas às questões ambientais e sociais foi a adequada.

 

O relatório também conclui que 41% dos consumidores compraram um produto no último ano porque estava associado a uma causa social ou ambiental, um duplo aumento desde que a Cone começou a fazer benchmarking de campanhas de marketing de causa, em 1993.

 

O Marketing de causas continua a ganhar peso na decisão de compra dos consumidores, de acordo com o estudo. 88% dos entrevistados, dizem ser aceitável que as empresas envolvam questões ou causas em seu marketing, 85% têm uma imagem mais positiva de um produto ou empresa quando este suporta uma causa com a qual se preocupam, e 80% são susceptíveis a mudar de marca, semelhante em preço e qualidade, para uma que apoie uma causa.

 

No que respeita a novas marcas, 61% dos entrevistados afirmam que estariam dispostos a experimentar uma nova marca ou que fosse desconhecida para eles, e 46% gostariam de experimentar marcas genéricas ou marcas próprias. O estudo também mostra que quase um em cada cinco  consumidores (19%) estaria disposto a comprar uma marca mais cara.

 

“O posicionamento da marca voltado para uma causa é uma óptima oportunidade para que as companhias ampliem a actuação para além dos seus mercados e ampliar a exposição a potenciais novos mercados,” diz Alison Da Silva, vice-presidente executivo da Cone.

 

Detalhando um pouco mais o estudo, este conclui que as mães e jovens (18-24 anos) são os consumidores mais conscientes com as causas.

95% das mães, acham aceitável o marketing de causas (contra a média de 88%), e 92% desejam comprar um produto para apoiar uma causa (vs. Média de 81%).

 

Os jovens são mais propensos a trocar de marca (93% vs. média de 80%), e compraram mais produtos de causas no ano passado do que qualquer outro grupo (61% contra média de 41%). Noventa e quatro por cento dos jovens pesquisados consideram o marketing de causa aceitável (versus média de 88%) e mais da metade (53%) comprou um produto que beneficia uma causa este ano (contra a média de 41%).

 

O apoio de uma empresa a questões sociais ou ambientais também apresenta alguma importância para as decisões desse grupo fora das lojas, incluindo as decisões de onde trabalhar (87% contra média de 69%) e onde investir (79% contra média de 59%), de acordo com o estudo.

 

Segundo a agência, os consumidores americanos também desejam que as empresas continuem a priorizar o apoio a questões das comunidades locais (46%) e regionais (37%), embora eles (17%) comecem a reconhecer a necessidade de enfrentar problemas globais.

 

As principais causas que os consumidores desejam que as empresas apoiem:

  • Desenvolvimento Económico: 77%
  • Saúde e doenças: 77 %
  • Combate à fome: 76%
  • Educação: 75%
  • Acesso à água potável: 74%
  • Catástrofes: 73%
  • Meio Ambiente: 73%

 

*Artigo publicado no site Bio2: http://www.bio2.com.br/Artigo.aspx?id=3915

 

Adriana Jacinto

publicado por greentalks às 19:54

23
Jan 12

 

Não sendo uma especialista na área de marketing, mas sendo consumidora, o debate sobre a percepção que o consumidor tem dos produtos/ marcas sustentáveis, faz com que me surjam dúvidas para as quais procuro resposta:

  • Conhecemos verdadeiramente o consumidor de produtos sustentáveis?
  • Que valores o inspiram?
  • Qual o caminho a seguir para ir de encontro sua à expectativa?
  • Deverão as marcas apostar num maior envolvimento do consumidor na definição dos produtos/ serviços que satisfaçam as suas necessidades? É isto uma atitude proactiva ou reactiva?

Nas minhas pesquisas encontrei um artigo do senhor Robert H. Bloom, (pelo que fiquei a saber, uma verdadeira autoridade no que respeita a negócios). Tem desenvolvido a sua actividade como consultor estratégico de diversas empresas de variados tamanhos e áreas de negócio, tais como BMW, L’Oreal, Nestle’, TGI Friday’s, Zales, Whirlpool, Southwest Airlines, Nestle’ Juicy-Juice, T-Mobile US, Novartis’ Theraflu and Triaminic. Foi ainda Chairman e CEO da Publicis WOrldwide.

Num artigo recente, em que põe em causa a volatilidade dos mercados e a velocidade com que tudo muda, identifica 5 tendências que, na sua opinião devem ser tidas em conta na gestão de marcas sustentáveis em 2012:

  • A ubiquidade do 2C2 (consumer to consumer)

Em 2012 assistir-se-á a uma mudança de paradigma no que respeita à criatividade e poder de decisão sobre a utilidade e função que os produtos e serviços poderão ter na satisfação das duas necessidades. O consumidor será parte da equipa que constrói e interage directamente nessa decisão em vez de ser um mero espectador.

  • O crescimento da geração “Why”?

 

O crescimento do mercado do 2C2, abre horizontes para uma nova geração de consumidores, mais exigentes, com maior nível de conhecimentos, pondo em causa os valores das próprias marcas, desafiando-as a serem criativas, inspiradoras do ponto de vista da compra sustentável. Como será de esperar, este crescimento dar-se-á em especial nos países emergentes.

 

  • A corrida para a criação de relação com o consumidor

A criação de uma relação de proximidade, duradoura, será uma das apostas das marcas,

em detrimento de uma política insustentável do “preço mais baixo”.

 

  • O imperativo da inovação sustentável das marcas

A inovação passará por envolver todos os stakeholders em todo o processo de desenvolvimento dos produtos, integrando práticas sustentáveis de redução de uso de recursos e de benefícios sociais. Bloom acredita que desta forma, as marcas agirão como agentes de mudança de uma forma mais rápida e com uma extensão maior do que alguma vez se conseguiu atingir.

 

  • A evolução de “Ocupar” para “Comprometer”

 

Em 2011 assistiu-se a diversos movimentos de ocupação, contra a forma de gerir os negócios. Espera-se que em 2012, a tendência das marcas seja para definir políticas de responsabilidade corporativa que abranjam e comprometam todos os stakeholders, com o propósito de integrar não só questões financeiras, mas também questões sociais nas suas operações. As grandes marcas já começam a posicionar-se a este nível com campanhas de sensibilização para a preservação de recursos que são essenciais para a sobrevivência e qualidade de vida das pessoas.

 

Poderão consultar o artigo na íntegra em :

 http://www.sustainablebrands.com/news_and_views/articles/looking-around-corner-five-trends-shaping-sustainable-brands-2012?utm_source=newsletter&utm_medium=designweekly&utm_campaign=january9

 

Por Adriana Jacinto

 

publicado por greentalks às 19:16

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